quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Sina


De fato
houve o fator decisivo...
A química!
Você oscilando entre o escuro e o claro.
Meu tato,
certo,
Metade sua pelo SIM,
seu NÃO eu converti na parte atrevida de mim.
Seu faro,
claro.
Meu cheiro,
raro.
Seus sentidos,
aguçados.
Desafio iniciado.
Desordem e calmaria.
Ato...
Impensado.
porém, tão,
desejado.
Eu procurei.
Relato...
Você me achou.
Encontro improvisado.
Friamente calculado.
Desde a despedida foi marcado.
Calorosamente aproveitado.
O fim em um recomeço arranjado.
delírio revogado.
corpos encaixados.
Saudade...
um assassinato.
Longe de ser pecado.
não teve jeito.
Eu,
você...
Fato consumado.



terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Dis(postos)


Um metro de distancia,
eu te analisando indiscretamente.
você se vira para mim,
pela primeira vez eu não desvio.
te encaro firme.
você me desafia, se aproxima...

Dobrei a aposta.
...

Inércia


Já decorei o espaço entre meu teto e o chão.
Todas as vezes que meus olhos caíram sobre meus pés, eu medi.
Me afundei, ali fiquei morando, bem no meio, no umbigo, na solidão.
Tá pequeno aqui, apertado, falta espaço para os meus sonhos...
Desaprendi a transformar meus braços em asas, desenhos infantis me provam,
eu já consegui antes...
Perdi a formula que calcula a distancia entre minha alma e o céu...
Eu juro que sabia.
E sobre a leveza da nuvem macia eu dormia,
e era tão bom viver assim, entre um voo e outro.
É que eu fui atingida por uma realidade fria, que inverna e paira sobre minha primavera.
Me transformou em covardia...
Eu não sei voltar para casa.
Minha estadia é fora de mim.


Encarnação


Eu tentei falar dele...
Duas ou três vezes peguei o papel,
esqueci a mão no queixo,
viajei na imensidão de uma folha vazia.
Não tanto quanto minha mente ao pensar nele.

Nada...  
         Nada...
               Absolutamente!

Chegava a doer, indignar. 
Um romance sem inspiração pra ditar.
De que vale e que nome leva? 
Pois romântico mais é a chuva lá fora a beijar o asfalto quente.
Aqui dentro, de casa, do papel, de mim...
Só tem a certeza,
De que se o poema morreu antes mesmo de nascer...

Sua alma deve estar para ser descoberta em outra pessoa.


quinta-feira, 9 de outubro de 2014

FIM


Chega uma hora na vida, que ao invés de esperar que alguém te bata a porta na cara é você mesma quem vai lá e a fecha. E é assim que num outro momento ela se abre sozinha e você sente o novo vento que invade sua casa, sua alma e sua vida... Isso é respeito ao tempo!!!

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

(PAS)sado


Estava tudo bagunçado,
ainda havia pertences dele no meu quarto.
Ele mesmo, já havia partido há tempos.
Suspeito que ele nunca tenha chegado.

Eu apenas residi fora de mim, 
quando ele surgiu, dei-o meu lugar e sair.
voei... sumi...
Pousei forçado, em um lugar errado.

Hoje eu encontrei retratos,
espalhados...
De nós?
Não reconheci.
Tempos passados.
Portanto deixados.
Nem pareci que os vivi.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Avesso


Quando eu costumava ser feliz,
eu me achava vazia...
Eu não sabia como era importante para mim, ser...
Só ser, eu mesma.
Na busca por outras verdades,
eu conheci a mentira.
E vive ela, com ela, dormi ao lado dela.
Quando quis ser exatamente o que sempre fui,
eu mudei...
Tudo!!!
Mudei de casa,
o cabelo,
o batom...
Mudei de amor.
E estou de volta,
feliz,
mudada,
a mesma.

terça-feira, 15 de julho de 2014

Comportamento retilineo


Liberdade debate com o insistente incidente do SIM constante.
Inteligente é quem se perde logo após se resgata de uma falsa paixão.
Se despedaça, se cata, se reconstroe...
Depois se liberta, recomeçando a vida com um belo de um NÃO.

sábado, 24 de maio de 2014

"Espelhos d`agua"


Menina,
para ansiedade sem nome,
a cura é nula.
Você dissimula,
isso aumenta a emoção.
Você olha o relógio,
olha para os lados...
Nada chama a atenção.
A dor que sai de dentro invade, salta a realidade.
Foge a imaginação.
Você criou um personagem, 
mais chora de verdade,
porque se transformou em ficção?

Melhor viver




  Vou ser estupidamente sincera sobre o que penso do tempo que nos resta. É pouco... Mas tão pouco se considerar o tempo que almejamos, esse é infindo. Então porque não viver tudo? Amores, dores... Porque se esquivar das dores? Se ela é perda, veio após o ganho. Preferi não perder? Então se recuse a ganhar. Para a vida, a melhor alternativa é viver. E para a morte, também. Ouça, mas não deixe que as vozes externas falem mais alto que o seu coração... Eu queria tanto agradar a todo mundo, ou pelo menos aqueles que estimo. Mas eles não concordam com meu instinto, que é de viver para aprender. Não só ouvir e absorver. Se eu pudesse ser ouvida por todos, em apenas uma frase diria.
_O tempo corre, se socorre!
  É que eu decidir viver sem culpas, de que elas servem? Se não foi você quem causou dor, porque doer? Por tanto tempo, eu quis entender... Agora prefiro não saber.
Idade, tem mais haver com a quantidade de experiência e o que delas você absorveu do que a soma dos anos que você completou. Não subestime, ninguém. Crianças costumam saber mais que os adultos, são livres de arrogância. E corpos pequenos, bolsos vazios, não possuem espaço para se encherem de si. Por isso são leves, sem posses que não seja a magia do instante. O resto é imaginação e descoberta.
  A vida é única e tão importante, não se responsabilize, não procure responsáveis... Tão cruel consigo. Ainda mais com os outros. Não, não tens o direito de culpar, aterrorizar uma mente que tanto quer se libertar. Solte seus pássaros, os deixem voar. Eu já vivi de medo. Hoje meu medo é não viver.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Regresso



Tanto potencial em ser imortal tens...
Na mesma medida que opta por ser "ninguém".
Tanta bagagem para ficar e se ocupar, possui...
Mas prefere passar, insistente o tempo corre.
E você não cresce, diminui!

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Não se iluda

O meu objetivo é escrever...
É fazer da cruel chuva ácida.
Um espetáculo impossível de florescer.
Só para constar,
nem tudo aqui diz de paixão, amor por mim vivido.
Com tal dimensão, ainda nem senti.
Assim acredito!
Nem todo texto, poema é consequência de vivencias cotidianas,
imortais ou padecidos.
Não sou tão romântica quanto meus manuscritos.
E nem de longe vivi tudo o que dito.
Impossível!
E mais uma vez,
NÃO, talvez você não seja o motivo.
Se por acaso foi,
CONGRATULATIONS!!!
Contribuiu cabendo no papel de "Eu Lírico".
Aqui, sensibilidade permeia as letras...
Muitas vezes o texto importa mais, e tem de vida, além,
que o próprio acontecido.
Pois inspira mais que a ação que o origina.
Enche de paixão aquele que lê.
O meu objetivo?
Mais uma vez digo,
se necessário, repito!
Reinventar um mito.
Ou simplesmente me ocupar com meus escritos.
Mas com toda forma lúdica de antes,
parcialmente posso prosseguir, acredito.
Mas em certos momentos como esse,
direciono.
Não mais omito.
Se sabe ler, não haverá mal entendido. 
Não se deixe cegar pelo ego bandido.
O papo agora é "resto".
Sem essa de "dito pelo não dito".

terça-feira, 29 de abril de 2014

"História de nós"



Eu me lembro bem,
da noite, dos estranhos,
da sua camisa azul...
Você, o mais estranho de todos.
Lembro até do vinho ruim...
Bebi do seu copo e com isso me aproximei.
Ponto para mim.
Quis saber e você contou sua vida até ali.
Não me convenci,
tal que insistir.
E com o tempo permeei os contrapontos.
Encontros, poucos.
Tantos mais desencontros.
Até chegar aqui...
Confuso destino.
Se eu soubesse dos teus passos dados,
saberia de onde partir.
De tudo o que já foi dito, não me convenci.
Paginas inteiras, de você e de mim.
Várias...
Tanto detalhe, tanto ditado.
O principal ainda não dito.
Tanto esperado.
Ambos com as mãos fechadas,
guardadas nas costas.
Cartas escondidas nas mangas, nas golas.
Enquanto nossas intenções, na testa, expostas.
Analfabetos do amor que somos, não sabemos ler nosso próprio coração.
Ou talvez seja só um tanto demasiado medo.
De um de nós trapacear e surpreender o outro com um NÃO!

 Se...



segunda-feira, 28 de abril de 2014

quinta-feira, 17 de abril de 2014

História sem fim.

Eu abri a porta,
você está de volta!
Já deu para perceber,
todas as minhas fugas
me levam até você.
Tão pouco importa
se é de você que pretendo correr.
A ida é sempre decisiva,
verdadeiramente sentida.
Mas não demora a gente volta,
exatamente para o ponto de partida.
Reeventamos um amor que já nasceu poesia.
E você declama cada palavra com boca macia.
Em cada volta eu recomeço,
me renovo.
Mais um capitulo,
mais um climax...
Não se iluda,
daqui a pouco outro desfecho,
frouxo,
bobo,
como nossos sorrisos se encontrando...

sábado, 15 de março de 2014

"Ponto de partida"


A historia parte, da parte que decidir contar...
Gostei das partes que partem você em uma parte particular.
Dai você abandona a parte de mim que te cabe e parte.
Diz adeus para o meu "olá".

Parte 7

 "Primeiro epilogo"

Os ponteiros já se perderam de tanto andarem em círculos. Mil voltas e mais, no mais, nada aconteceu.
Porque enquanto tudo aconteci, Nina observa o relógio da sala parado. Toda vez que a pressa pede calma com tempo contado. Desde que Diego se comportou como quem próprio se deporta para o fim do mundo. Ela viveu todos os dias de uma só vez. Não digo um, dois ou três, eu digo todos os espaços de tempos cronometrados, vinculados ou não, aprisionado á horas, minutos segundos que comportam todos os dias que se podem contar, ou que se perdem a conta.
 Após a ligação que certificou a ruptura mais que cotidiana, pequena, pacata, sem adeus, que se pode ocorrer. Ela proporcionou a si mesma uma amnésia tão voluntária. Perigosamente proposital. Que lhe fugiram, as formas, as caras, as vidas, as certezas, as almas de Diego.
  Nina viveu, como quem se fantasia de juiz, decreta sua sentença, e se aprisiona na solidão. Ela achou que fosse vida... Mas era só existência. Vida não é vida quando tida vazia.
 Mas ela seguiu... Arrancou parte de seu cérebro , cuspiu as lembranças, amadureceu seu coração de criança e apertou seus cadarços. Diminuiu a distancias entre os paços, levou em direção aos bolsos o seus braços. E os olhos caíram no chão. Não, não projetou nele essa solidão.
 Afinal, Diego nunca mais foi lembrado como abraço macio, demorado e conforto. Nem mesmo saudade, porto seguro ou guardião da verdade. Ele se tornou um fantasma, como tantos outros covardes. Que da caixa de decepções de Nina faz parte. Como quem próprio lhe tira á vida, Diego quis e morreu por falta de coragem.


segunda-feira, 3 de março de 2014

"Antes de ontem"


Vem cá!
Me escuta...
Eu não esqueço aquele dia.
Era noite vazia...
E você soube me fazer anoitecer.
Acordei macia.
E eu já amanheci dois dias.
Ainda parada em você.
De raspão, também machuca.
O xadrez da tua blusa.
Foi Xeque Mate no coração.
Dividimos um cigarro,
depois beijos e abraços,
e eu perde toda a noção.
De tempo e de espaço,
ainda estou descalço,
esperando a tua aparição.


segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

365 Dias!


Eu vou dizer,
para desabafar...
Não vou esconder,
é com muito pesar...
Menina,
teu beijo na testa me fez acreditar...
Amizade verdadeira,
eu nunca fui de abandonar...
Mas você foi jogando fora,
cada dia um pouco mais,
sem cessar.
Minha admiração,
meu carinho,
minha presença...
Conseguiu me distanciar.
Você retribuiu,
com mentiras,
com venenos,
descuidos...
Foi tanto desgosto.
Que me falta pronuncias...


sábado, 22 de fevereiro de 2014

Em mãos, o seu bilhete de partida.


Meu mais novo "exilado",
não há nada que você possa fazer.
Bem vindo ao meu passado,
você acaba de me perder.
Nós fizemos um trato,
e o combinado era não deixar esmorecer.
Você me pedia tanto cuidado...
Cuidado esse que você deixou de ter.
Eu continuo aqui,
impedindo o seu acesso,
quem partira da porta para fora é você.
Te destino para bem longe,
Lá mesmo onde irei te esquecer.
Não tem rancor, ódio e nem magoa,
como havia de caber.
O que cativou de bonito se perdeu.
Era mentira, como todo o resto partido de você.
Se o sentimento não é sólido,
entorna fácil, pela ribanceira vai escorrer.
Agua limpa, uma vez despejada não se junta totalmente.
O solo rachado e sem vida,tende a absorver.
Em mim não sobra nada,
nem uma gota de antes bem querer.
Da sua bagagem de partida, não se preocupe.
Já organizei-a com o que foi seu.
Tudo aquilo que havia de ter...
Tem sinceridade, carinho e um amor puro.
Que somente em sua lembrança irá viver.
Nem preciso te pedir que saia...
Hoje eu te tiro da minha vida.
Assim como chegou,
vá embora.
Eu dispenso a despedida.

22.02.2014 as 04;53 am


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Prece


Se você for, volte.
Se eu te der a mão, não solte.
Se eu te sorrir, me beije.
Se ficar sério, não corre.
Se eu chorar, me abrace.
Se eu só sonhar, me realiza.
Se me perder, resgate.
Se eu te amar, aceite.
Se eu fraquejar, não deixe.
Independente do que houver,
e vai haver te tudo para balançar a nossa fé...
Que sejamos sempre simples de coração.
Ao pensar em você em voz alta.
Eu vi nascer uma oração.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

(A)Calma



Eu vou te falar dela...
Ela sempre me pergunta,
com palavras camufladas.
Eu não digo.
Não quero que tudo se esvaia se ela souber.
Que me encanta de tal forma que eu me perco.
Em seus muros protetores.
Mas quando sorri para mim...
Quando ela sorri, qualquer concreto vai ao chão.
Sem emitir uma nota eu consigo capturar e reproduzir canção.
Só de ve-la sorrir.
Ela é linda e não sabe.
Se eu digo e repito, faz charme.
Só poderia convence-la se lhe emprestasse meus olhos.
Com toda sua força, ela cuida.
E as pessoas não enxergam,
ela precisa de cuidados.
Ela quer descansar...
Se eu pudesse, meus ombros seriam dela.
A disposição sempre que ela quisesse encostar.
Não dá para nomear...
Classificar um carinho que já é macio só de falar...
É assim que sinto, por tanto, defino.
Não sei explicar.
Ela vem e traz consigo a paz.
O tempo estasciona e eu queria morar lá.
Dentro da paz dela.
Seja como for, ela é bem vinda.
Faz companhia a moradia de minha alma.
Existe aquilo que o destino marca...
E seja qual for o personagem designado,
já arrastando por mínimas características,
as limitaçoes nessa vida.
Ela esteve, permaneci e irá se materializar...
Em todo plano que eu acordar.


Single


Eles não são nada parecidos,
opostos até ao extremo.
Não possuem o mesmo estilo .
Não gozam dos mesmos gostos.
Nem comemoram a mesma idade.
Não tem transmissão de pensamentos.
Nem carregam a mesma bagagem.
Ele não viaja em estrelas.
E ela não curte sua viagem.



Ele não gosta de poesia.
Ela escreve sua alegria.
Ele retruca com personalidade.
Ela balança a cabeça sempre em negativa.
Eles divergem dos assuntos mais simples.
Enquanto as mãos entre si namoram.
Bentinho e Capitu, não são.
Romeu e Julieta, também não.
Nem mesmo Eduardo e Mônica.
Eles são á vista grossa,
apenas mais um casal comum.
Apenas massa no plural.
A história deles, não virou comédia romântica...
Ninguém nesse plano viu.
Mas o anjo passou.
O cupido cantou a flecha.
E eles se olharam.
Criaram assim mais um romance.
Só deles, de suas mãos, olhos e almas.
Não menos importante, nem menos bonito.
Como todos os já existentes,
singular, emocionante e vivo.



quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Filho do Rei


Será que você sabe que é um poço de nobreza?
Educação, cavalheirismo e sutileza...
Um poço infindo de tão fundo...
Será que na sua busca em me compreender e de
enxergar a vida com meus olhos,
você sabe que fui eu que me apaixonei pelo seu mundo?
Menino, você dizia querer colorir os seus dias escuros...
Mas ao chegar você trouxe a cor que me faltava,
iluminou minha sala e meu sorriso.
O seu jeito singular que não te orgulha,
é minha busca que não finda.
Você deseja mudar para se enquadrar.
Enquanto eu te enquadraria em um album de retrato animado...
Se você optasse por ficar.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Ultimo reflexo


O vento se joga mundo a fora.
De revolta sacode a arvore que suas folhas soltam.
Passos forçados, ar no espaço.
Olhos de alma,
cor na fala muda.
Silencio alto.
Ele olhou suas mãos de destino torto.
Lembrou das dela que faltam.
Sempre faltaram.
Ela não veio....
e o tempo se resumiu em centímetros de barba.
Homem seco...
De muitas linhas no rosto.
Se ele fechar os olhos a terra estará submersa.
Ele se olhou distraído...
Sobrancelhas caídas.
Para os jornais... Estatísticas.
Ele sentiu a dor que de tanto queimar continuo, nem se nota que mata.
O tempo fechou...
Foi o espelho quem choveu.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Obra perfeita


Quando eu te vi,
foi leitura a primeira vista.
Teu olhar é texto completo, disserto...
Te interpreto.
E teu sorriso poesia de Quintana.
Tua voz é inspiração para Caetano.
E eu, tua leitora assidua...
Se te falta capítulos, eu cheguei para te completar.
Se me falta imagem, sua paisagem ira me ilustrar.
É que estou encantada com as palavras que você me nega.
Quanto mais me silencia, essa paixão se entrega.



Meu compromisso é com a vida


Hoje pela manhã você já acordou pensando em regredir.
Você não reconheci seu esforço de chegar até aqui?
Isso já foi uma conquista!!!
Eu estive do seu lado, eu vi você se ferir,
mas eu permaneci  a te velar, eu fiquei mesmo podendo partir.
Seu momento é confuso, eu entendo, não é diferente para mim.
Você não é o único de passagem por aqui.
A dor, a luta não são méritos seu.
Não existe uma conspiração universal para lhe causar tanto mal.
Por trás do seu fardo, é você quem comanda.
Eu pude ver de perto.
Enquanto eu te dava as mãos, você se jogava abismo abaixo.
Eu poderia te mostrar as cores do meu mundo...
Eu poderia colorir o seu também.
Mas a escuridão te seduziu,
e eu te dei minha ausencia, meu silencio...
Dei espaço para o seu romance com a morte.
Você não quer se salvar.
Se mudar de ideia, me chama...
Eu lhe dou um pouco da minha vida.
Divido contigo meu fôlego para você respirar um novo ar.


domingo, 12 de janeiro de 2014

De mãos dadas


Me dê alimento para os olhos.
Me dê a tua paisagem
Me floresça com o seu jardim.
Depois de chover em mim.
Convertendo em sorrisos as minhas lagrimas.
Me dê a sua estrada.
Eu prometo te seguir se nossas mãos estiverem dadas.
Eu quero amanhecer você.
E nunca mais deixar a noite chegar.

segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

Universo paralelo. Parte I


Chuva caindo...
Enquanto lá dentro, conversa no aconchego do sofá.
Risos entre pausas para deliciar-se de vinho, queijo e azeitonas.
O som da TV como plano de fundo para um papo de passado e futuro...
Fitam o momento  daquele presente que realmente se tornara um presente.
Ela fala disparates, ele a fita sem entender um terço de todas aquelas palavras ansiosas...
Mas sorri. Na verdade ri do sorriso frouxo dela.
Ele levanta sem jeito, caminha até a janela...
Ela completa as taças...
Instantaneamente mudam de assunto.
Sobre oque diziam?
Sobre a paz... Diziam mudos!!!
E tem maneira melhor de falar sobre a paz do que com a voz da alma?
Ela entrega-lhe a taça, dividem o espaço da janela.
Já que dividiam o espaço de suas vidas...
Com um olhar, um franzir de testa, um sorriso envergonhado ela decifra-o sem grande esforço.
Ele fixa o olhar no horizonte, por saber do que ela era capaz de descobrir, caso ficassem frente a frente sem nenhuma distração apenas sendo encobertos pelo ensurdecedor silencio.
Ela percebi sua fuga, agora sorri meia lua como quem avança um obstaculo, no intuito de quebrar o gelo de maneira retrocedente ela afasta. Recua. o deixa a vontade para respirar.
Ele se sente mais seguro ali, seguro de si mesmo.
Ela coloca um dvd, aperta o play para os Bee Gees.
Ele acha graça da iniciativa clichê dela...
Mas não ousaria mudar nada na trama.
Anoite casara perfeitamente com a desorganização caprichosa dela e seus dizeres cômicos.
Ele queria dizer-lhe tantas coisas...
Mas como?
O vinho lhe furtara a sanidade.
E ela? Ela lhe roubara as pronuncias...

Texto por: Kamila Milk e Donatello Ferraz

sábado, 4 de janeiro de 2014

Carta de alforria



Eu sei da saudade,
da dor que invade, me captura.
Você dissimula, e meu caro.
Perdi minha coragem,
de desperdiçar meu tempo te fitando a vontade.
A nostalgia? É de mim...
Do meu sossego, do meu apresso por tudo de antes.
De tudo oque não se pareci com ti.
A dor, o receio...
É do tempo que perdi não me olhando no espelho.
Tudo oque me tornei depois que te conheci...
Não preenche nem a minha mão fechada.
Você me diminuía e com as sobras enchia-se de si.
Mas agora estou de volta,
não te pertence o segredo da minha porta.
Sou mulher demais para você,
na mesma proporção que você não é homem para mim.

Sem flash



Acordei com vontade de fotografar um novo sorriso.
Quando chegar, capricha!
Eu te pisco...
Te revelo, te molduro no meu beijo.
E pronto, arquivado.