sábado, 4 de janeiro de 2014

Carta de alforria



Eu sei da saudade,
da dor que invade, me captura.
Você dissimula, e meu caro.
Perdi minha coragem,
de desperdiçar meu tempo te fitando a vontade.
A nostalgia? É de mim...
Do meu sossego, do meu apresso por tudo de antes.
De tudo oque não se pareci com ti.
A dor, o receio...
É do tempo que perdi não me olhando no espelho.
Tudo oque me tornei depois que te conheci...
Não preenche nem a minha mão fechada.
Você me diminuía e com as sobras enchia-se de si.
Mas agora estou de volta,
não te pertence o segredo da minha porta.
Sou mulher demais para você,
na mesma proporção que você não é homem para mim.

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