terça-feira, 21 de abril de 2015

Sem Titulo

Você já se sentiu sem chão?
Sem pé, sem cabeça...
só o coração na mão.
Na espera do fim?
Eu estou assim.
E hoje nada está bom e pareci mesmo que nem vai ficar.
Nada anestesia, dói cada cantinho do corpo,
Lagrimas por todo pedaço de rosto.
E a janela vasta, corre, com toda sua imensidão que eu não posso tocar.
Ah, amar dói viu!!!
Dói a quebra da paz que mora na pessoa que você morava.
Despejo.
Desfecho.
Uma faca afiada, lenta...
O fim está a caminho, e se ele chegar leva embora...
Me assalta a matéria, as almas...
Fica lembranças.
Criança no amor que sou,
sem defesa...
Só na espera que cresça,
um tantinho de esperança pra deixar o passado passar depressa.
Ou no tempo que seja.
Mas que me faça reaprender a caminhar.


domingo, 5 de abril de 2015

(Bu)cólica

Lhes apresento o desabamento da minha antiga nova casa.
Tanto quis construir-la...
Tanto tempo preocupada com a decoração.
Janelas,
cortinas,
babados,
cor das paredes,
retratos espalhados,
cerâmica creme,
aspirador de pó,
portas,
afins...
Deu um nó.
De onde eu vim é o terreno que importa...
Já dizia uma estrela que caiu do céu, balançou meu chapéu.
Acorda.
Lhes apresento minha mais nova velha casa:
Quintal,
liberdade,
Alma nua,
maça do rosto,
cheia de gente,
pé no chão,
minério,
entrada franca,
Desde o começo...
Sem fins.