sexta-feira, 5 de julho de 2013

Parte 2


(Com) sequencia

Movimento retilíneo uniforme, do inicio da sala até a varandinha após a porta da cozinha. Marina percorria repetidamente esse trajeto besta. Passos medidos, velocidade ponderada porem constante. Em uma mão levava a xícara  de café quente e na outra o cigarro. Nina pensou sobre as flechas que desviara na noite passada. Cravou inconscientemente uma batalha abstrata com o pequeno ser de asas que travesso a amedrontava apontando sua arma em direção a sua maior relutância. Paralelos irônicos entre a guerra e o romance.

Foi assim durante toda a semana, mais pensativa que nunca. Diego e toda sua presença marcante, alojou em sua mente e lá se desvendava mais a cada instante. Nina procurava absorver oque conseguisse. A calma aparente contrastando nitidamente com a sua inquietude mental, a agitação desajeitada que o garoto se mostrara ser. Levemente cômico e doce.
Ela tentou desenhar oque concluiu, e a folha em branco se tornou palco que comportava sorrisos.
Seus sorrisos.
Contudo dentre oque Nina questionou a si durante os últimos dias, se destacava a oportunidade de mudança que ela viu nas indagações de Diego. Não digo mudança radical, para um novo desconhecido, digo resgate talvez, daquilo que se foi e ficou perdido.

"Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

E ao conversar com Diego, Nina percebeu que sua essência mesmo tímida, depois de anos desaparecida, veio a fora saldar um velho conhecido de personalidades. Ela concluiu que precisava dele para mostra-la o caminho que inspirava essa tal liberdade.

  




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