terça-feira, 23 de julho de 2013

Na calada da noite.

Bilhete comprado,
pego o trem das onze.
Quero ver se sou capaz...
A muito não me desafio.
Fugirei para as colinas, construirei minha morada.
Caverna escura, rustica, não quero ver o sol, as vegetações...
Não quero ver você!
Não antes de me visitar.
Eu não sei de mim... Você sabe?
Como poderia saber...
Nem quando olho no espelho consigo me ver.
Me limitei a um objeto.
Um livro, é claro. 
Será minha companhia nesses próximos vinte e quatro anos.
Necessidade de me esvaziar, depois penso em me encher.

Talvez eu passe um tempo longe da cidade, quem sabe eu volte cedo, ou não volte mais...(8)


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